Constitucionalismo brasileiro e natureza em crise: ecofeminismo para evitar o fim do mundo?
Palabras clave:
Derecho constitutional, Ambiente, Ecofeminismo latinoamericano, SostenibilidadResumen
A crise climática causada pelo modelo capitalista de produção e consumo se sustenta na exploração da natureza e dos corpos femininos, assim, a pesquisa busca soluções jurídicas na teoria ecofeminista para a degradação ambiental. Para tanto, analisa a lenta virada dos ordenamentos constitucionais da América Latina do antropocentrismo para o ecocentrismo, que vislumbra a natureza como sujeito de direitos. O objetivo geral é apontar como a perspectiva ecofeminista pode estabelecer novos parâmetros para o direito constitucional ambiental brasileiro. O método empregado é o hipotético-dedutivo, a pesquisa é descritiva e exploratória e tem abordagem qualitativa. Concluiu-se que o direito ambiental brasileiro permite uma interpretação ecocêntrica e ecofeminista e que o constitucionalismo equatoriano e boliviano, o Buen Vivir, fornece um modelo de ordenamento jurídico que reúne características ecofeministas constroi as bases para o desenvolvimento sustentável que efetivamente proteja a natureza para as futuras gerações.
Descargas
Referencias
ALBERTO MOLINARO, C.; RAMMÊ, R. “Os deveres de proteção do Estado em matéria ambiental e o controle judicial de proteção insuficiente”, Revista de Direito Ambiental, v.18, 2015.
ALENCAR XAVIER, Y. M.; PINTO, K.; ROCHA FRANÇA, V. “Estudo sobre o direito à liberdade econômica e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado: conflitos e aproximações”, Veredas do Direito, v. 20, 2023. Disponível em: https://www.scielo.br/j/vd/a/b3NLsk4gdXdzW5sT7gnGPCH/?lang=pt. Acesso em: 10 ago. 2024.
ANJOS COSTA, W. O. S.; BÓSIO CAMPELLO, L. G. “A agenda 2030 como foco na efetivação do direito humano á igualdade das identidades de gênero e seus reflexos para o greening universitário”, Cardernos de Dereito Actual, n. 16, 2021.
BAYAS FERNÁNDES, B.; BREGOLAT CAMPOS, J. “Ecofeminist proposals for reimagining the city: public and community paths”, Observatori del Deute en la Globalització, Barcelona, 2021, Disponível em: https://odg.cat/en/publication/ecofeminist-proposals-for-reimagining-the-city/. Acesso em: 10 ago. 2024.
BOAS REIS, E. V.; LEMGRUBER, V. “Ecofeminismo interssecional a decolonial no direito brasileiro: a nova política estadual de segurança de barragens de Minas Gerais”, Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 10, n. 3, 2020. Disponível em: https://www.publicacoes.uniceub.br/RBPP/article/view/6903. Acesso em: 20 ago. 2024.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília-DF, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 22 ago. 2024.
CAMPOS MELLO, P. P.; FAUNDES PEÑAFIEL, J. J. “Povos indígenas e a proteção da natureza: a caminho de um ‘giro hermenêutico econcêntrico’”, Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 3, n. 3, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.5102/rbpp.v10i3.7240. Acesso em: 11 ago. 2024.
CELINE CHEVALLEY, K. “Interpretação para o fim do mundo: hermenêutica jurídica ambiental em tempos de crise climática”, em SILVA LANZILLO, A. S. (coord.); ATHAYDE CHAVES, L.; VILAR GUIMARÃES, P. B. (org.), Questões atuais em hermenêutica jurídica, Insigne Acadêmica, Natal, 2024.
CELINE CHEVALLEY, K. Tributação ambiental como enfrentamento às desigualdades de gênero: uma análise ecofeminista. Insigne Acadêmica, Natal, 2024.
COSTA POLI, L. “Buen vivir: uma alternatica para o desenvolvimento sustentável”, em MIRANDA, J. (coord.); QUEIROZ CAÚLA, B. et al. (org.), Diálogo ambiental, constitucional e internacional. v. 3, tomo II, Lumes Juris, Rio de Janeiro, 2015.
FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpos e acumulação primitiva. Editora Elefante, São Paulo, 2019.
FRAXE TAVARES, J. M.; PACÍFICO MICHELES, M. “Aspectos jurídicos do movimento ecofeminista”, Revista Terceira Margem Amazônia, v. 15, n. 13, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.36882/2525-4812.2019v5i13p%25p. Acesso em: 10 ago. 2024.
G1. Quatro anos da tragédia de Brumadinho: 270 mortes, três desaparecidos e nenhuma punição, 2023. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2023/01/25/quatro-anos-da-tragedia-em-brumadinho-270-mortes-tres-desaparecidos-e-nenhuma-punicao.ghtml. Acesso em: 25 ago. 2024.
INSITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE – ICMBio. Programa Nacional de Educação Ambiental (PNEA), [s.d.]. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/politicas/pnea.html. Acesso em: 30 ago. 2024.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. Ed. 2. Companhia das Letras, São Paulo, 2020.
MIES, M.; SHIVA, V. Ecofeminism. 2ª ed. Zed Books, London, 2014.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS – MPMG. Rompimento da barragem de Fundão, em Mariana: resultados e desafios cinco anos após o desastre, 2020. Disponível em: https://www.mpmg.mp.br/portal/menu/comunicacao/noticias/rompimento-da-barragem-de-fundao-em-mariana-resultados-e-desafios-cinco-anos-apos-o-desastre.shtml. Acesso em: 25 ago. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, 2015. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/91863-agenda-2030-para-o-desenvolvimento-sustentável. Acesso em: 10 ago. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. The Climate Dictionary: na everyday guide to climate change. 2023. Disponível em: https://climatepromise.undp.org/news-and-stories/climate-dictionary-everyday-guide-climate-change. Acesso em: 28 ago. 2024.
PIGNATARO DE OLIVEIRA, D.; ALENCAR XAVIER, Y. M. “As águas transfronteiriças e o direito internacional público: integração necessária à proteção ambiental”, Revista Digital Constituição e Garantia de Direitos, v.1, n. 1, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/constituicaoegarantiadedireitos/article/view/4257. Acesso em: 30 ago. 2024.
PULEO, A. Ecofeminismo para otro mundo posible. Ediciones Cátedras, Barcelona, 2011.
RENDÓN OSORIO, K. V. “La naturaleza en el ordenamiento jurídico colombiano: ¿del antropocentrismo al ecocentrismo?”, Revista Derecho del Estado, v. 58, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.18601/01229893.n58.12. Acesso em: 20 ago. 2024.
RIQUITO, M. “Para além da narrativa-mestra da modernidade ‘verde’: uma leitura crítica da transição energética”, Relações Internacionais, n. 79. Disponível em: https://doi.org/10.23906/ri2023.79a03. Acesso em: 4 jul. 2024.
RODRIGUES SOUSA, P. H. M.; GERMANO ALVES, F. Pesquisa científica: aspectos práticos. Insigne Acadêmica, Natal, 2024. (Coleção Arquivos Insigne).
SILVA JACQUES, F. V. “O ‘buen vivir’ e a construção de uma nova sociedade”, Novos Cadernos NAEA, v. 23, n. 3. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5801/ncn.v23i3.8481. Acesso em: 10 ago. 2024.
SOUZA DUARTE, M. C. Meio ambiente sadio: direito fundamental. Juruá, Curitiba, 2003.
STELA CÂMARA, A.; MARIA FERNANDES, M. “O reconhecimento jurídico do Rio Atrato como Sujeito de Direitos: reflexões sobre a mudança de paradigma nas relações entre o ser humano e a natureza”, Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, v. 12, n. 1. Disponível em: https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv12n1.2018.27788. Acesso em: 20 ago. 2024.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – STJ. In dubio pro natura: mais proteção judicial ao meio ambiente, 2019. Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-antigas/2019/In-dubio-pro-natura-mais-protecao-judicial-ao-meio-ambiente.aspx. Acesso em: 25 ago. 2024.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Kyvia Celine Chevalley, Patrícia Borba Vilar Guimarães

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Aquellos autores/as que tengan publicaciones con esta revista, aceptan los términos siguientes:- Los/las autores/as ceden todos sus derechos de autor a la revista Cadernos de Dereito Actual, la cual se encargará de difundir y citar siempre a su autor.
- Los autores/as se comprometen a no enviar el artículo o publicarlo en otra revista.
- Se permite y recomienda a los/las autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada, siempre que se haga referencia a Cadernos de Dereito Actual.
- Cadernos de Dereito Actual no se hace responsable por ninguno de los artículos publicados en caso de que el/la autor/autora hay incurrido en plagio o alguna política desleal a la hora de redactar y/o enviar su artículo. Cualquier responsabilidad civil o penal corresponderá, siempre, al autor/autora del artículo.
Todos los contenidos publicados en la revista están protegidos bajo una licencia "Creative Commons - Reconocimiento - No Comercial". Toda persona tiene derecho a acceder libremente a los contenidos de la revista.

