Variáveis estruturais internas e externas da participação do Brasil no regime internacional das mudanças climáticas – uma análise empírica transversal entre o direito e relações internacionais

Autores/as

  • douglas castro

Resumen

A hipótese principal do trabalho é a de que no caso do regime internacional do clima a grande polaridade das variáveis internas e a baixa polaridade das variáveis externas em torno do tema criaram incentivos para que o Brasil pudesse participar como protagonista do regime, adotando assim um purposive behavior (SCHELLING, 2006) no cenário internacional que o coloca como um interlocutor privilegiado dos países do Global South com o Norte desenvolvido.
Como hipótese secundária, inferimos que este ambiente político interno e externo faz com que o relacionamento do direito internacional com o direito interno ocorra com relativa sincronia, o que não ocorre em outros regimes internacionais que o Brasil não é protagonista. Espera-se comprovar empiricamente esta inferência a partir de uma estratégia metodológica que consiste em primeiro promover uma análise das obrigações internacionais assumidas pelo Brasil quanto às mudanças climáticas vis-à-vis suas implicações no direito interno, para que em seguida se compare a participação no regime das mudanças climáticas com sua participação em outros regimes ambientais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

A Mudança do Clima na Perspectiva do Brasil. Revista Interesse Nacional. Recuperado dezembro 27, 2016, de http://interessenacional.com/index.php/edicoes-revista/a-mudanca-do-clima-na-perspectiva-do-brasil/.

ALMEIDA, P. R. DE. A Política Externa do novo Governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva: retrospecto histórico e avaliação programática. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 45, n. 2, p. 229–239. doi: 10.1590/S0034-73292002000200011, 2002.

AVANT, D. D.; FINNEMORE, M.; SELL, S. K. (ORGS.). Who Governs the Globe? 1 edition ed. Hamilton, N.Z.: Cambridge University Press, 2010.

BERNAUER, T.; KALBHENN, A.; KOUBI, V.; SPILKER, G. A Comparison of International and Domestic Sources of Global Governance Dynamics. British Journal of Political Science, v. 40, n. 3, p. 509–538. doi: 10.1017/S0007123410000098, 2010.

BROCHMANN, M.; HENSEL, P. R. Peaceful Management of International River Claims. International Negotiation, v. 14, n. 2, p. 393–418. doi: 10.1163/157180609X432879, 2009.

BÜCHS, M. The Open Method of Coordination as a “two-level game”. Policy & Politics, v. 36, n. 1, p. 21–37. doi: 10.1332/030557308783431689, 2008.

BURSZTYN, M.; PERSEGONA, M. A grande transformação ambiental: uma cronologia da dialética homem-natureza. Rio de Janeiro, RJ, Brasil: Garamond, 2008.

CHASEK, P. S.; DOWNIE, D. L.; BROWN, J. W. Global Environmental Politics. Sixth Edition, Sixth Edition edition ed. Boulder, Colorado: Westview Press, 2013.

CORRÊA, A. R.; CASTRO, D. DE. TRANSNATIONALISM AND PARADIPLOMACY IN THE ECONOMIC RELATIONS BETWEEN BRAZIL AND ANGOLA: THE CONSTRUCTION OF THE CAPANDA HYDROPOWER PLANT BY THE CONSTRUTORA ODEBRECHT. Austral: Brazilian Journal of Strategy & International Relations, v. 5, n. 9. Recuperado dezembro 26, 2016, de http://www.seer.ufrgs.br/index.php/austral/article/view/65825, 2016.

DRAHOS, P. GLOBAL PROPERTY RIGHTS IN INFORMATION: The story of TRIPS at the GATT. Prometheus, v. 13, n. 1, p. 6–19. doi: 10.1080/08109029508629187, 1995.

FUSER, I. Energia E Relações Internacionais - Volume 2. Coleção de Relações Internacionais. Saraiva, 2014.

GNACADJA, L.; CUTAJAR, M. Z.; BRICENO, S.; et al. Facing Global Environmental Change: Environmental, Human, Energy, Food, Health and Water Security Concepts (H. G. Brauch, N. C. Behera, P. Kameri-Mbote, et al., Orgs.). 2009 edition ed. Berlin: Springer, 2009.

GRANZIERA, M. L. M. Direito Ambiental Internacional. Avanços e Retrocessos. Atlas, 2015.

GRANZIERA, M. L. M.; REI, F. O Futuro do Regime Internacional das Mudanças Climáticas – Aspectos Jurídicos e Institucionais. Santos: SBDIMA, 2015.

HOVI, J.; SPRINZ, D. F.; BANG, G. Why the United States did not become a party to the Kyoto Protocol: German, Norwegian, and US perspectives. European Journal of International Relations, v. 18, n. 1, p. 129–150. doi: 10.1177/1354066110380964, 2012.

IEA Database. . Recuperado dezembro 9, 2015, de http://iea.uoregon.edu/page.php?query=membership_long_form&mitch_id=3126&membership_format=wide.Inserção Internacional Brasileira: temas de política externa - Volume 1. . Recuperado abril 4, 2016, de http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=6468.

KRASNER, S. D. Structural causes and regime consequences: regimes as intervening variables. Revista de Sociologia e Política, v. 20, n. 42, p. 93–110. doi: 10.1590/S0104-44782012000200008, 2012.

LESSA, A. C. A diplomacia universalista do Brasil: a construção do sistema contemporâneo de relações bilaterais. Revista Brasileira de Política Internacional, v. 41, n. SPE, p. 29–41. doi: 10.1590/S0034-73291998000300003, 1998.

LITFIN, K. T. Ozone Discourse. New York: Columbia University Press, 1994.

MILLER, B. When Opponents Cooperate: Great Power Conflict and Collaboration in World Politics. First Edition edition ed. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1995.

MORAVCSIK, A. Taking Preferences Seriously: A Liberal Theory of International Politics. International Organization, v. 51, n. 4, p. 513–553. doi: 10.1162/002081897550447, 1997.

OBERMAIER, M.; ROSA, L. P. Mudança climática e adaptação no Brasil: uma análise crítica. Estudos Avançados, v. 27, n. 78, p. 155–176. doi: 10.1590/S0103-40142013000200011, 2013.

OLIVEIRA. Base científica para a compreensão do aquecimento global. Aquecimento global: frias contendas científicas. São Paulo: Ed. Senac, 2008.

PECEQUILO, C. S. Teoria das Relacoes Internacionais: O Mapa do Caminho - Estudo e Pratica. Alta Books, 2016.

PICKERING, H. Why Do States Mostly Obey International Law? E-International Relations. Recuperado abril 15, 2016, de http://www.e-ir.info/2014/02/04/why-do-states-mostly-obey-international-law/.

PUTNAM, R. D. Diplomacy and Domestic Politics: The Logic of Two-Level Games. International Organization, v. 42, n. 3, p. 427–460. Recuperado dezembro 9, 2015, de http://www.jstor.org/stable/2706785, 1988.

SCHELLING, T. C. Micromotives and Macrobehavior. Revised edition ed. New York: W. W. Norton & Company, 2006.

SOARES, G. F. S. A Proteção Internacional do Meio Ambiente. Edição: 1 ed. Barueri: Manole, 2002.

SOSA-NUNEZ, G.; ATKINS, E. Environment, Climate Change and International Relations. Bristol, England: E-Relations Publishig, 2016.

TIR, J.; ACKERMAN, J. T. Politics of Formalized River Cooperation. Journal of Peace Research, v. 46, n. 5, p. 623–640. doi: 10.1177/0022343309336800, 2009.

VIGEVANI, T.; CEPALUNI, G. Lula da Silva’s foreign policy: the autonomy through diversification strategy. Contexto Internacional, v. 29, n. 2, p. 273–335. doi: 10.1590/S0102-85292007000200002, 2007.

VIOLA, E. Brazil in the context of global governance politics and climate change, 1989-2003. Ambiente & Sociedade, v. 7, n. 1, p. 27–46. doi: 10.1590/S1414-753X2004000100003, 2004.

YOUNG, O. R. Regime dynamics: the rise and fall of international regimes. International Organization, v. 36, n. 2, p. 277–297. doi: 10.1017/S0020818300018956, 1982.

Publicado

03-02-2017

Cómo citar

castro, douglas (2017) «Variáveis estruturais internas e externas da participação do Brasil no regime internacional das mudanças climáticas – uma análise empírica transversal entre o direito e relações internacionais», Cadernos de Dereito Actual, (5), pp. 157–174. Disponible en: https://www.cadernosdedereitoactual.es/ojs/index.php/cadernos/article/view/142 (Accedido: 19 marzo 2024).